quarta-feira, 26 de abril de 2017

HIPERTENSÃO ARTERIAL

A hipertensão arterial é uma doença com múltiplas causas e fatores, ela é caracterizada pelo aumento da pressão arterial ou da manutenção desses níveis elevados. Sendo o valor de referência para hipertensão arterial 140/90 ou 14/9.

Uma dessas causas se dar pelo fato de passarmos por muitas situações estressantes que irá resultar liberação de adrenalina e noradrenalina e de corticoides, alterando o humor, a resposta imunológica e a função endotelial.

Devido a complicações da hipertensão, ela tem sido a principal causa do desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Quanto maior for a pressão arterial maior é a chance da pessoa sofrer a um infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral (AVC), doença renal e retinopatia.

Seu tratamento pode ser desde medicamentoso, a a mudanças de estilo de vida e dieta, eliminação do tabagismo e a prática de atividade física.

Mas se tratando de uma das causas que é o estresse, sabemos que a atividade física pode ser uma forte aliada a diminuição desse estresse, pois a medida que o indivíduo  se adapta aos processos hemodinâmico e aos hormônios catabólicos liberados durante a prática da atividade física, o nosso organismo é fortalecido, passando a responder de forma mais branda quando as mesmas respostas são desencadeada pelo estresse. 



Falando da atividade física o exercício aeróbico tem se mostrado eficiente em alguns estudos na diminuição da pressão arterial, demonstrando magnitudes de redução de 7/5 mmHg para pressão arteriais sistólica/diastólica. Essa mudança já é capaz de reduzir a incidência de acidente vascular cerebral, doenças artéria coronária e mortalidade.

Porém é importante antes de iniciar a prática de atividades ter a liberação de seu cardiologista, já que devemos avaliar a presença de lesões de órgãos alvo e ou doenças cardiovasculares. Pois após ou até mesmo durante a prática de atividade física ocorre um aumento da pressão, que pode ser grande ou não, que pode acabar acarretando uma sobrecarga vascular que pode acarretar a ruptura de aneurisma existente.

O mecanismo responsável pelo controle da hipertensão através do exercício aeróbico é devido o aumento da atividade nervosa simpática, em resposta a esse aumento observa-se aumento da frequência cardíaca, do volume sistólico e consequentemente do débito cardíaco (volume de sangue sendo bombeado pelo coração por minuto)

Além de todos esses mecanismos, temos ainda a produção de metabólitos musculares promove vasodilatação na musculatura ativa, gerando redução da resistência vascular periférica. Assim, durante a atividade aeróbica observamos o aumento da pressão arterial sistólica e a manutenção ou redução da diastólica.

Outro ponto que podemos observar nesse mecanismo é que quanto maior a massa muscular, maior é o aumento da frequência cardíaca, mas menor será o aumento da pressão arterial, devido a maior vasodilatação da musculatura ativa, gerando maior redução da resistência vascular periférica devido a produção de metabólitos musculares. 

Em relação aos riscos da prática de exercício aeróbico deve-se ter a preocupação com a intensidade e duração do exercício, já que quanto maior  for a intensidade, maior será a necessidade de aporte sanguínea para os músculos, portanto maior é o aumento do débito cardíaco e consequentemente da pressão sistólica. Por outro lado o tempo não altera a resposta das pressões durante a atividade física.

 Podemos concluir que a realização dos exercícios com seus devidos cuidados e controles para evitar o aumento exacerbado da pressão arterial, tem -se muitos benefícios, entre eles a redução da pressão arterial por muito tempo.

Os fatores então que o exercício físico pode contribuir para a diminuição da pressão arterial é:


  • A intensidade do exercício.
  • A duração do exercício, quanto mais prolongado o exercício, maior é a queda da pressão arterial.
  • A forma de realização do exercício. Exercício intermitente parece ser mais efetivo em reduzir a pressão arterial em comparação ao realizado de maneira contínua.
  • A massa muscular envolvida no exercício. Exercícios realizados com uma maior massa muscular reduzem mais a pressão.
  • O estado de hidratação, pois a perda de água relacionada ao exercício pode contribuir para redução da pressão.
  • Fator genético.

Já em relação ao exercício resistido assim como o aeróbico, a função cardiovascular é intensificada durante a execução do exercício, com intuito de manter o aporte sanguíneo  necessário ao músculo, no entanto, além do aumento do débito cardíaco, há aumento da resistência vascular vascular periférica devido a compressão mecânica dos vasos pela musculatura exercitada. Isso leva ao aumento exacerbado da pressão sistólica quanto da diastólica.

Como já dito anteriormente aumento abrupto da pressão arterial pode levar a ruptura de aneurisma. Porém se a execução for de baixa intensidade, pequeno número de séries, grande intervalos entre as séries, interrupção do exercício antes da fadiga concêntrica podem ser benéficas.

Se você é hipertenso jamais inicie a atividade física sem a liberação do seu médico, vale ainda lembrar que a prática de exercícios tem se mostrado super eficiente a diminuição da pressão arterial, juntamente com os medicamentos e a alimentação adequada.



Fonte: tirada de material da pós graduação em nutrição esportiva.


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Um grande abraço da nutri.

Débora Cristina F. de Ávila
Nutricionista Clinica e Esportiva

sábado, 1 de abril de 2017

Benefícios da Atividade Física na Obesidade

A obesidade é uma doença com várias causas que aumentam a morbidade de muitas doenças e a mortalidade por todas as causas. As comorbidades mais associada a obesidade são diabetes mellitus do tipo 2, hipertensão arterial, isquemia, dislipidemia, AVC (Acidente Vascular Cerebral), apneia do sono, distúrbios respiratórios, limitações articulares e musculares e as neoplasias.

As obesidade vem afetando não somente os adultos e idosos como crianças, isso tem se dado por dietas ricas em gorduras, açúcares e alimentos refinados combinados com uma taxa reduzida em fibras, isso associada a inatividade física, trazem mudanças na composição corporal.

Ainda existe algumas características que podem influenciar no aumento de peso como a idade, o gênero, o metabolismo de repouso, a oxidação lipídica, a atividade nervosa simpática, o metabolismo do tecido adiposo e do músculo esquelético, o tabagismo, os níveis de insulina, cortisol e esteroides sexuais.

Nós apresentamos uma capacidade de armazenar gordura em forma de triglicerídeos nos adipócitos para ser liberadas de acordo com as necessidades energéticas do corpo. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a classificação do IMC ocorre da seguinte forma:


Porém é importante frisar que o IMC ele não define a distribuição de gordura corporal, dessa forma indivíduos com o mesmo valor de IMC podem ter diferentes níveis de massa gordurosa.

Voltando ao tecido adiposo, podemos dizer que ele apresenta ainda outras funções além de estoque de energia, mas ele ainda atua como um órgão endócrino (órgão que libera hormônio), liberando substâncias denominadas adipocinas, que são responsáveis pela resistência da insulina, além de promover a ativação autonômica simpática, determinando a elevação dos níveis de pressão arterial e favorecendo o processo de degeneração do sistema cardiovascular.

A sensibilidade do tecido adiposo à insulina pode permanecer alta, o que favorece ainda mais o acúmulo de gordura.

O tratamento da obesidade e sobrepeso envolve uma equipe de vários profissionais, porém o que se torna mais eficaz é a mudança da alimentação e a prática de atividade física, mas o que hoje encontramos maior dificuldade não é em emagrecer e sim em manter o peso perdido. 

Pessoas que se tornam ativas ao longo de sua vida tem menos chance de se tornarem obesas, elas apresentam menor distribuição da gordura corporal. 

O exercício físico apesar de reduzir de todos s depósitos de gordura, ele dá preferência para a região abdominal, pois essas células abdominais são ricas em receptores beta adrenérgicos, que são mais suscetíveis a quebra de gordura (queima).

Portanto combinar uma restrição calórica e a atividade física tem mostrado maior eficiência  ao tratamento de obesidade.

Durante a pratica de atividade física, aumentam a sensibilidade a insulina, que é considerada uma importante adaptação, já que a obesidade causa o aumento de resistência a insulina em função a diminuição da oxidação da glicose e dos níveis de glicose no músculo. Outra importante resposta ao exercício é o aumento da atividade da enzima lipoproteína lipase, considerada o principal regulador dos estoques de gordura corporal.

A pratica de atividade física ainda pode levar à preservação da massa magra e a manutenção do metabolismo de repouso, uma vez que a massa muscular é um dos componentes corporais que mais contribui para o metabolismo energético.

Durante a atividade física, as gorduras são usadas como fonte de energia e ainda os hormônios como testosterona e o hormônio de crescimento (hormônios anabólicos, que participam do ganho de massa) irão se manter elevados após a atividade física intensa, contribuindo para a manutenção e a construção de massa muscular, isso irá possibilitar a diminuição da ação da insulina que irá dificultar o armazenamento de lipídeos nas células adiposas.

Portanto podemos concluir que a pratica de atividade física não só será responsável em manter a massa muscular aumentando o gasto energético em repouso, mas como também melhora as capacidades físicas que são comuns na obesidade, melhorando a força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e coordenação motora, além de trazer ganhos na autoestima, aumento de autonomia, independência e sociabilização. 

O emagrecimento melhora o quadro de doenças associadas ao sobrepeso e obesidade, mas são diversos os benefícios de associar a atividade física, pois ajuda no controle metabólico, além de facilitar a manutenção da perda de peso em longo prazo.

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