segunda-feira, 10 de junho de 2013

Obesidade

 
                  Todos que se encontram acima do peso gostariam de ter um corpo perfeito e tem como principal objetivo o emagrecimento rápido. Mas esse ideal é difícil devido a diversos fatores, mas antes é necessário saber que a obesidade pode  levar a vários tipos de complicações ou ela vem associadas a várias patologias (doenças).
Portanto a obesidade é a enfermidade crônica, que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura a um nível tal que a saúde esteja comprometida. Além do excesso de gordura corpórea, deve-se considerar ainda sua distribuição regional, uma vez que o excesso de gordura localizada na região abdominal é um fator de risco maior de morbidade que o excesso de gordura corpórea.
Os fatores nutricionais, os aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais, culturais, entre outros atuam na origem e na manutenção da obesidade. O excesso da ingestão energética causa a deposição de lipídios nos adipócitos.

Fatores Causadores de Obesidade

Sedentarismo e alimentação inadequada

82,66%
Fatores genéticos
30,6%
Nível socioeconômico
30,6%
Fatores psicológicos
21,3%
Fatores demográficos
16%
Nível de escolaridade
5%
Desmame precoce
5%
Ter pais obesos
3%
Estresse
2%
Fumo/ álcool
1%

Na medida em que a pessoa ingere mais energia do que é capaz de gastar é provocado um desiquilíbrio nutricional provocado por um balanço energético positivo. Assim tem- se o acumulo de energia que por ação de insulina será convertida em gordura. Quanto mais rica a alimentação em açúcares, lipídios e alimentos industrializados maiores são as chances de sujeito se tornar obeso.
As empresas que produzem alimentos industrializados fazem combinações de gorduras, açúcares e sal que são hiperpalatáveis. Assim, salgadinhos, doces e refeições prontas podem ter o mesmo efeito sobre o cérebro que o tabaco, e com isso a ingestão de nutrientes inadequados à saúde torna-se cada vez mais frequente.
Com o processo de urbanização foi acontecendo mudanças de comportamento, principalmente com relação à dieta e à atividade física privilegiando uma alimentação industrializada com a maior oferta de energia, rica em carboidratos simples e gorduras.
A obesidade nunca vem sozinha, pode levar o surgimento de doenças como:
  • Doenças Cardiovasculares

A mortalidade associada à obesidade decorre de lesões no sistema vascular. A obesidade tem forte associação com a hipertensão arterial.
  • Dislipidemia

Ocorre acúmulo elevado de gordura intra- abdominal, consistindo em aumento de risco de doenças cardiovasculares.
  • Diabetes

A obesidade contribui fortemente na regressão multivariada para incidência de intolerância à glicose em ambos os sexos.
  • Resistência a Insulina

Esta presente na maioria dos pacientes com intolerância à glicose, o portadores de diabetes do tipo 2.
  • Síndrome Metabólica

Conhecida como resistência à insulina, intolerância a glicose, hiperinsulinemia, aumento da lipoproteína de muito baixa densidade, diminuição de lipoproteínas de alta densidade e hipertensão arterial desempenha relevante papel na gênese da doença cardiovascular em indivíduos obesos.

Na obesidade a circunferência da cintura pode promover uma correlação entre a distribuição de gordura e risco de saúde. É um indicador aproximado de gordura abdominal e gordura corpórea total. As variações deste parâmetro refletem mudanças na severidade dos fatores de risco para enfermidades cardiovasculares e outras formas cardiovasculares.
A obesidade central, com acúmulo de gordura visceral abdominal, e sua relação com a resistência à insulina parecem ser o mais potente fator de risco modificável para o surgimento do diabetes tipo 2 e outras morbidades.

  • A Circunferência da Cintura

Pode indicar o acúmulo de gordura visceral e indicadores associados à complicação metabólica.

Sexo
Risco Elevado
Risco muito elevado
Masculino
≥ 94 cm
≥ 102 cm
Feminino
≥ 80 cm
≥ 88 cm

A prevenção e o tratamento da obesidade contemplam, necessariamente, aspectos relacionados à promoção de padrão alimentar saudável e modo de vida ativo.
A dietoterapia ou educação alimentar são fatores fundamentais para garantir nova condição de saúde, não devendo ser excluída mesmo quando se indica a terapia medicamentosa ou outro.
O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas como obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.
É necessário evitar medicamentos e dietas que prometem perdas grandes de peso em poucos dias, pois as mesmas podem causar o efeito ioiô (efeito de engordar e emagrecer).  Para se emagrecer deve  ter sacrifícios e muitas mudanças de hábitos.
Aqui estão algumas normas para uma alimentação equilibrada:
  • Preferir pães, biscoitos e cereais integrais.
  • Preferir leites e derivados desnatados.
  • Consumir o frango sem pele, ou retirar as gorduras da carnes.
  • Iniciar as refeições com saladas.
  • Fracionar em cinco a seis vezes as refeições reduzindo o volume.
  • Evitar jejuns prolongados ou pular refeições.
  • Usar alimentos locais, como arroz, feijão, farinha, pão e leite como base das refeições.
  • Consumir frutas e verduras da época.
  • Usar carnes, sal e açúcar em quantidades moderadas.
  • Utilizar óleo vegetal no preparo da comida e diminuir o consumo de gorduras animais.
  • Preferir preparações assadas, cozidos ou grelhados.
  • Retirar gordura e pele de carnes.
  • Comer devagar, mastigando bem os alimentos.
  • Evitar alimentos industrializados ou prontos.
  • Evitar biscoitos recheados,  bombons, pizza, salgadinhos, refrigerante, açúcar, mel, melador, rapaduras, frituras, bebidas alcoólicas, embutidos e enlatados.
  • Evitar dietas milagrosas.



Fontes: Livro Nutrição Clínica no Adulto de Lilian Cuppari
                          http://www.endocrino.org.br/obesidade/