Todos que se encontram acima do peso gostariam de ter um corpo perfeito e tem como principal objetivo o emagrecimento rápido. Mas esse ideal é difícil devido a diversos fatores, mas antes é necessário saber que a obesidade pode levar a vários tipos de complicações ou ela vem associadas a várias patologias (doenças).
Portanto a obesidade é a
enfermidade crônica, que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura a um
nível tal que a saúde esteja comprometida. Além do excesso de gordura corpórea,
deve-se considerar ainda sua distribuição regional, uma vez que o excesso de
gordura localizada na região abdominal é um fator de risco maior de morbidade
que o excesso de gordura corpórea.
Os fatores nutricionais, os
aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais, culturais, entre outros atuam
na origem e na manutenção da obesidade. O excesso da ingestão energética causa
a deposição de lipídios nos adipócitos.
Fatores
Causadores de Obesidade
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Sedentarismo e alimentação inadequada
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82,66%
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Fatores genéticos
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30,6%
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Nível socioeconômico
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30,6%
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Fatores psicológicos
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21,3%
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Fatores demográficos
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16%
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Nível de escolaridade
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5%
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Desmame precoce
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5%
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Ter pais obesos
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3%
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Estresse
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2%
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Fumo/ álcool
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1%
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Na medida em que a pessoa ingere
mais energia do que é capaz de gastar é provocado um desiquilíbrio nutricional
provocado por um balanço energético positivo. Assim tem- se o acumulo de
energia que por ação de insulina será convertida em gordura. Quanto mais rica a
alimentação em açúcares, lipídios e alimentos industrializados maiores são as
chances de sujeito se tornar obeso.
As empresas que produzem
alimentos industrializados fazem combinações de gorduras, açúcares e sal que
são hiperpalatáveis. Assim, salgadinhos, doces e refeições prontas podem ter o
mesmo efeito sobre o cérebro que o tabaco, e com isso a ingestão de nutrientes
inadequados à saúde torna-se cada vez mais frequente.
Com o processo de urbanização foi
acontecendo mudanças de comportamento, principalmente com relação à dieta e à
atividade física privilegiando uma alimentação industrializada com a maior
oferta de energia, rica em carboidratos simples e gorduras.
A obesidade nunca vem sozinha,
pode levar o surgimento de doenças como:
- Doenças Cardiovasculares
A mortalidade
associada à obesidade decorre de lesões no sistema vascular. A obesidade tem
forte associação com a hipertensão arterial.
- Dislipidemia
Ocorre acúmulo
elevado de gordura intra- abdominal, consistindo em aumento de risco de doenças
cardiovasculares.
- Diabetes
A obesidade contribui
fortemente na regressão multivariada para incidência de intolerância à glicose
em ambos os sexos.
- Resistência a Insulina
Esta presente na
maioria dos pacientes com intolerância à glicose, o portadores de diabetes do
tipo 2.
- Síndrome Metabólica
Conhecida como
resistência à insulina, intolerância a glicose, hiperinsulinemia, aumento da
lipoproteína de muito baixa densidade, diminuição de lipoproteínas de alta densidade
e hipertensão arterial desempenha relevante papel na gênese da doença
cardiovascular em indivíduos obesos.
Na obesidade a circunferência da
cintura pode promover uma correlação entre a distribuição de gordura e risco de
saúde. É um indicador aproximado de gordura abdominal e gordura corpórea total.
As variações deste parâmetro refletem mudanças na severidade dos fatores de
risco para enfermidades cardiovasculares e outras formas cardiovasculares.
A obesidade central, com acúmulo
de gordura visceral abdominal, e sua relação com a resistência à insulina parecem
ser o mais potente fator de risco modificável para o surgimento do diabetes
tipo 2 e outras morbidades.
- A Circunferência da Cintura
Pode indicar o
acúmulo de gordura visceral e indicadores associados à complicação metabólica.
Sexo
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Risco Elevado
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Risco muito elevado
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Masculino
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≥
94 cm
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≥ 102 cm
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Feminino
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≥
80 cm
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≥ 88 cm
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A prevenção e o tratamento da obesidade
contemplam, necessariamente, aspectos relacionados à promoção de padrão
alimentar saudável e modo de vida ativo.
A dietoterapia ou educação alimentar são
fatores fundamentais para garantir nova condição de saúde, não devendo ser
excluída mesmo quando se indica a terapia medicamentosa ou outro.
O Brasil tem cerca de 18 milhões de
pessoas consideradas como obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso,
o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.
É necessário evitar medicamentos e dietas
que prometem perdas grandes de peso em poucos dias, pois as mesmas podem causar
o efeito ioiô (efeito de engordar e emagrecer).
Para se emagrecer deve ter
sacrifícios e muitas mudanças de hábitos.
Aqui estão algumas normas para
uma alimentação equilibrada:
- Preferir pães, biscoitos e cereais integrais.
- Preferir leites e derivados desnatados.
- Consumir o frango sem pele, ou retirar as gorduras da carnes.
- Iniciar as refeições com saladas.
- Fracionar em cinco a seis vezes as refeições reduzindo o volume.
- Evitar jejuns prolongados ou pular refeições.
- Usar alimentos locais, como arroz, feijão, farinha, pão e leite como base das refeições.
- Consumir frutas e verduras da época.
- Usar carnes, sal e açúcar em quantidades moderadas.
- Utilizar óleo vegetal no preparo da comida e diminuir o consumo de gorduras animais.
- Preferir preparações assadas, cozidos ou grelhados.
- Retirar gordura e pele de carnes.
- Comer devagar, mastigando bem os alimentos.
- Evitar alimentos industrializados ou prontos.
- Evitar biscoitos recheados, bombons, pizza, salgadinhos, refrigerante, açúcar, mel, melador, rapaduras, frituras, bebidas alcoólicas, embutidos e enlatados.
- Evitar dietas milagrosas.
Fontes: Livro Nutrição Clínica no Adulto
de Lilian Cuppari
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