A obesidade infantil segundo a
Organização Mundial da Saúde é um dos problemas de saúde pública mais grave
neste século. O número de crianças obesas pode atingir de 25 a 30% das crianças
na pré-puberdade (fase entre o final da infância e inicio da adolescência) e 18
a 25% na adolescência. A obesidade infantil se tornou maior desafio de saúde pública
do Brasil, pois crianças obesas tendem a desenvolver vários problemas de saúde
como, doenças cardíacas, diabetes, hipertensão e má formação óssea.
A obesidade pode ser definida como:
- Primária pode ser classificada de acordo com o número e tamanho dos adipócitos hiperplasia (aumento no número de células) e hipertrofia (aumento no tamanho de células), respectivamente. A obesidade na infância é, fundamentalmente, hiperplásica e a do adulto é hipertrófica. O número e o tamanho de adipócitos são de fundamental importância no prognóstico da obesidade, já que a do tipo hiperplásico é considerada como de mais difícil controle, principalmente se estiver associada à hipertrofia.
- Exógena ou nutricional secundária do balanço positivo de energia entre a ingestão e o gasto calórico.
Fatores que
causam a obesidade infantil:
- Fatores genéticos
Influenciam diretamente nas características
do desenvolvimento do tecido adiposo. Quando um dos pais é obeso, o risco de o
filho ser gordo é de 40%. Se o pai e a mãe forem obesos, o índice sobe para
80%. O acúmulo de gordura ocorre mais precocemente principalmente se os hábitos de consumo da família mudaram para pior.
O desenvolvimento de uma criança inicia
na 30ª semana de vida intra-uterina e se prolonga durante os primeiros anos de
vida. Se a mãe engorda muito durante a gestação, favorece o desenvolvimento de
tecido adiposo no feto. É nesse período que será extremamente crítico a multiplicação celular frente ao excesso de peso, quanto mais cedo o início dessa multiplicação maior será o número de adipócitos, podendo chegar a um número semelhante a de um adulto. A redução de peso nessas crianças se associa a uma diminuição no
tamanho, mas não no número de células.
Cada um de nós tem características
carregadas pelos genes. As condições de vida dentro do útero da mãe podem
alterar as ordens ditadas pelos genes. O útero de uma mãe obesa ou de uma
mulher magra que engorda excessivamente durante a gestação (30 Kg ou mais) terá
altos níveis de substâncias como glicose, insulina e leptina (o hormônio que
regula o apetite). Elas podem alterar no feto a resposta da região cerebral
responsável pelo comando da fome e da saciedade. Também podem aumentar a
formação de células de gordura no bebê e ao longo da vida ela terá facilidade
para ganhar e acumular peso.
O mesmo pode acontecer num útero pobre
em nutrientes. Se a mulher for magra demais e não engordar o suficiente durante
a gestação, a criança pode nascer programada para estocar o máximo de energia,
isso será uma resposta do organismo a privação.
- Estilo de vida
Durante a amamentação, a ação do
ambiente continua, bebês precisam ser amamentados durante pelo menos 6 meses. A
privação do aleitamento, muitas vezes associadas à suplementação com farinhas e
outros produtos inadequados, estimula o corpo a poupar. Quando a fartura
alimentar chegar, a criança estará programada para estocar energia e ganhar
peso com facilidade.
As regras impostas pelos genes podem ser
modificadas com a mudança ambientais e de comportamento.
A obesidade é construída dentro de casa.
A maioria das pessoas engorda pela simples combinação de sedentarismo e erros
alimentares. Se o corpo recebe mais energia do que consegue gastar, ela será
estocada na forma de gordura.
O hábito alimentar da criança e da
família e o tipo de alimentação instituído no primeiro ano de vida. A quantidade
como a qualidade dos alimentos disponíveis durante os primeiros meses de vida
são fatores importantes para o surgimento da obesidade, quanto o desmame
precoce (antes do seis meses de vida).
O hábito alimentar e o grau de atividade
física desempenham ambos um importante papel na saúde e peso da criança. Hoje
tudo se tornou acessível, antes as crianças brincavam soltas pelos quintais,
gastava com facilidade o que fornecia nas refeições, hoje a crescente
popularidade da televisão, computadores e outros aparelhos tecnológicos de
interação contribuem para a inatividade física e sedentarismo.
Em grande parte das famílias, as
guloseimas e o fast -food, substituíram o almoço e o jantar, levando o consumo
de gorduras e carboidratos simples.
- Fator psicológico
Desde cedo à criança desenvolve uma
relação emocional com os alimentos. Os pais erram ao usar a comida para
demonstrar afeto.
A falta de afeto também engorda. As
crianças podem crescer inseguras e frustradas. O estresse crônico provocado por
esses sentimentos desregula o sistema fisiológico responsável pelo gasto
calórico. O resultado pode ser o ganho de peso. Em outros casos, a comida funciona
como um grande colo para as pessoas que têm dificuldade de lidar com
frustrações.
De acordo com alguns especialistas o
obeso não pensa no que o corpo precisa, ele quer satisfazer um desejo, não a
fome esse comportamento pode ser modificado.
Alguns procedimentos básicos para o
controle da obesidade infantil:
- Estabelecimento de metas a serem seguidas de forma participativa com a criança e a família. O sucesso não esta vinculado somente a perda de peso, mas sim as modificações de hábitos de vida e à prevenção de complicações clínicas e metabólicas.
- Estimule a atividade física agradável como brincadeiras tipo pique- esconde, cabra-cega, elástico, soltar pipa, amarelinha, pular corda, bola, andar de bicicleta, correr, caminhar até a escola (se for possível), subir e descer escadas, natação ou qualquer tipo de exercícios.
- Reduzir horas e não comer na frente de televisão.
- Diminuir o consumo de alimentos ricos em lipídeos e altamente calóricos.
- Oferecimento de opções de lanches salgados e doces saudáveis e elaboração de refeições bonitas, atraentes, saborosas, porém com menor teor calórico, principalmente lipídeos.
- Pais se querem que seus filhos comam de forma saudável, dê o exemplo.
- Não encha a casa de guloseimas.
- Inclua alimentos novos e saudáveis na rotina familiar.
- Varie a forma de preparo dos alimentos.
- Apresente aos seus filhos as verduras, os legumes e as frutas.
- Se os filhos ficam sozinhos em casa, deixe os pratos já prontos para que eles possam somente esquentar no microondas.
- Não leve guloseima para o filho quando sentir culpa por passar muito tempo longe deles. Troque o doce por carinhos e atenção.
- Evite ser rigoroso ou permissivo demais. Ser razoável fortalece as relações afetivas e ajuda a família a se manter saudável.
PARABÉNS!!!QUERIDA ACHEI MUITO SEU BLOG ESTÁ UM ESPETÁCULO....ADOREI AS DICAS...
ResponderExcluirObrigada.
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