sábado, 28 de fevereiro de 2015

Adoçantes

Adoçantes são compostos por edulcorantes substâncias responsáveis por dar o sabor doce. Existem dois tipos de adoçantes, os calóricos e os não calóricos. O adoçante pode adoçar cerca de quase duas vezes mais que o açúcar a até 300 vezes mais se considerarmos a mesma proporção.
Quando lançados, os adoçantes eram indicados para pessoas diabéticas e/ou com restrições alimentares, mas com o passar dos anos ele começou a ser usado por pessoas que queriam emagrecer ou manter o peso.
Para se fazer o uso é necessário conhecermos os adoçantes e qual seriam o mais indicado para cada pessoa.
Vou, através dessa matéria, defender alguns pontos que acho importante e tentar esclarecer a dúvida de muitos.
O adoçante ele não vai ter um impacto direto na perda de peso, nem na prevenção de diabetes do tipo 2, hipertensão ou doenças cardiovasculares.
Os edulcorantes presentes nos adoçantes podem ter efeitos contrários ao esperado já que eles não oferecem energia, o consumo dele induzirá a pessoa a procurar alimentos mais calóricos que vá suprir a necessidade energética e que dará maior satisfação.
O organismo é estimulado a produzir respostas fisiológicas que ajudam a manter o equilíbrio energético no corpo quando um alimento de sabor doce é ingerido. Ele irá facilitar a absorção e a utilização da energia desses alimentos ingeridos após a sinalização ocorrida com a entrada dos alimentos mais doces. Os adoçantes por outro lado têm um gosto doce intenso, mais tem baixo valor calórico. De acordo com Swithers “O uso de adoçantes pode enfraquecer a ação do sabor doce como sinal da ingestão energética.”

Mecanismo do Adoçante no Organismo.

O uso contínuo do adoçante pode comprometer de vez os mecanismos de absorção de alimentos mais energéticos, fazendo com que reduza a eficiência da utilização da energia adquirida em alimentos doces em geral e também prejudicar os mecanismos de saciedade.
Alguns estudos comprovam que o uso em excesso de adoçantes pode aumentar em até 20% a taxa de insulina no organismo, podendo levar ao surgimento da diabetes.
Os adoçantes não são processados no estômago eles vão diretamente para o intestino desencadeando um desequilíbrio na flora intestinal, causando um aumento de alguns hormônios que a atrapalha a ação da insulina.
Os neurotransmissores entenderão com o uso dos adoçantes que esta ocorrendo à entrada de açúcar no organismo, devido ao sabor doce e quanto mais se oferece mais o organismo irá pedir por eles.
Portanto o uso contínuo de adoçantes pode levar ao surgimento de diabetes devido à resistência a insulina.
A substituição do açúcar por edulcorantes não vai necessariamente garantir a redução de peso, pois alguns produtos aumentam a quantidade de gordura na formulação, um exemplo são os chocolates dietéticos.

Tipos de adoçantes:

  • Sacarina Sódica


É o adoçante artificial mais antigo, é sintético e extraído de um derivado do petróleo (tolueno mais ácido cloro-sulfônico), tem o poder de adoçar 300 vezes mais do que a sacarose (açúcar branco refinado). Apresenta um sabor residual amargo quando adicionados sozinhos nos alimentos, por essa razão é utilizada em associação com outros edulcorantes, principalmente com o ciclamato de sódio.
Atualmente ela é muito utilizada nos refrigerantes de baixo valor calórico.
Ingestão aceitável por dia seria de 5 mg/Kg.
Portadores de Hipertensão não deve consumir.

  • Ciclamato de Sódio


É sintético e extraído do petróleo, seu sabor adoçante é 30 vezes maior que a sacarose. Ela é muito utilizada em conjunto com a sacarina, principalmente na formulação de bebidas líquidas dietéticas.
Ingestão aceitável por dia seria de 11mg/kg.
Portadores de Hipertensão não deve consumir.

  • Aspartame


Sintético é produzido a partir dos aminoácidos naturais ácido aspártico e a fenilalanina, seu uso é contraindicado para pessoas portadoras da doença fenilcetonúria.  Adoça cerca de 180 vezes mais do que o açúcar.
Ingestão aceitável por dia seria de 40 mg/kg.

  • Acessulfame- K


É um sal de potássio produzido a partir do ácido acético, o conhecido vinagre. Seu poder de adoçar é 180 vezes maior do que a sacarose.
Pessoas com deficiência renal e que tem o potássio controlado devem evitar a utilização deste adoçante e de produtos que o contenham.
Ingestão aceitável por dia varia de 9 a 15 mg/kg.

  • Stévia ou Estévia


Edulcorante natural extraído de uma planta Stévia rebaudiana Bertoni. Seu sabor é de 300 vezes mais doce que a sacarose, normalmente ela esta associada com outros adoçantes.
Ingestão aceitável é de 5,5 mg/kg.

  • Frutose


Edulcorante natural extraído das frutas e do mel. Seu poder adoçante é de 170 vezes maior que a sacarose. Pessoas com triglicérides elevado deve ter cuidado no seu consumo, pois associou-se seu excesso à elevação do mesmo, a American Diabetes Association (ADA)não recomenda o seu uso como edulcorantes para diabéticos.
Sua ingestão não foi estabelecida pela ANVISA.

  • Sorbitol e Manitol


São alcoóis de açúcar obtidos pela redução da glicose (sorbitol) e frutose (manitol), contêm a mesma caloria dos carboidratos, são muitos utilizados em gomas de cascar por não causar cáries. Podem possuir efeitos laxativos.
Ingestão aceitável é de 15 mh/kg.


Portanto é necessário que se tenha um cuidado com o consumo de produtos diet, light ou zero: refrigerantes, gelatinas, geleias, sucos, chás, pois se você faz uso somente desses produtos fica mais fácil de ultrapassar a quantidade máxima a ser ingerida.
É importante treinarmos o nosso organismo aos sabores do alimento in natura.
Os açúcares saudáveis, pois contém sais minerais e vitaminas, são o mascavo e o demerara, portanto substitua a sacarose pelos mesmos.

O consumo de adoçantes com edulcorantes artificiais não deve ser usado pelas gestantes, caso a mesma necessite fazer a ingestão por causa de uma diabete é recomendado que se use a sucralose e stévia.



Fonte: 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Dieta Detox

A dieta de desintoxicação tem como objetivo a eliminação de toxinas do organismo, principalmente a do fígado e do intestino onde ocorre maior acumulo dessas toxinas influenciando na absorção dos nutrientes.
Ao eliminar essas toxinas o organismo restabelece o metabolismo. Essa dieta não é indicada para promover o emagrecimento e sim limpar o organismo dessas toxinas produzidas a partir da ingestão excessiva de açúcar, gorduras, álcool, aditivos químicos, agrotóxicos, uso abusivo de medicamentos, entre outros.
Se ingerirmos maior quantidade de carboidratos principalmente o simples, pode-se gerar maior estresse ao fígado causando a produção de toxinas. O fígado é responsável pelo metabolismo das mesmas e terá maior trabalho.
A eficiência dessa dieta se dá devido à redução de alimentos industrializados, com agrotóxico, ricos em açúcar e gorduras, acrescentando alimentos com ação antioxidantes, anti-inflamatórios, alimentos com ação diurética.
Quando o organismo esta com excesso dessas toxinas nos faltam disposição para desenvolver algumas atividades, falta de concentração, dificuldade de digestão, dor de cabeça, insônia, mau funcionamento do intestino, excesso de gases, retenção de líquido e dificuldade para perder peso.
A dieta detox bem orientada é capaz de desintoxicar, hidratar, eliminar tais sintomas, auxiliar até mesmo no emagrecimento devido à eliminação do excesso de toxinas que faz recuperar a energia e emagrecer sem sacrifício.
A detox tem sido feita principalmente após os excessos alimentares e de bebidas alcoólicas, como os comuns abusos acompanhados de festas com feriados prolongados.
Essa dieta é uma técnica da nutrição funcional cujo objetivo é eliminar as toxinas e outras substâncias prejudiciais ou radicalismos. Não seria, portanto um tratamento para o controle de peso, pois grandes restrições causam a repetição, ou seja, monotonia alimentar e o risco de compulsão, com efeito, rebote se torna maior.
Para promover o emagrecimento a dieta detox pode ser um bom caminho para iniciar o processo com a “faxina” no organismo e começar após um processo de reeducação alimentar, com base na nutrição funcional e na mudança do estilo de vida.

Dicas para desintoxicação preferir alimentos:

  • Ricos em enxofre: vegetais verdes escuros principalmente couve, brócolis e agrião, o fígado produz uma enzima que limpa o organismo, mas ela só é produzida após a ingestão desses alimentos. Sucos verdes é uma ótima opção.
  • Ricos em leucina: encontradas nas carnes magras e castanha do pará.
  • Ricos em cisteína: lentilha, feijão branco, grão de bico, esse nutriente fortalece enzimas que limpam o fígado.
  • Aumentar o consumo de frutas que potencializam o processo anti-inflamatório, alimentos de coloração arroxeada como repolho ou beterraba.
  • Ricos em alcalóides: presentes na rúcula, almeirão, mostarda e agrião são desintoxicantes, essa substancia é encontrada também em chás como (chapéu de couro, carqueja, boldo).

Alimentos recomendados:

  • A couve é rica em vitamina B6, magnésio e ácido fólico, elementos que agem como regeneradores hepáticos.
  • O queijo branco é uma ótima opção para se comer com o pão no café da manhã ou lanche da tarde, evitando o consumo de margarinas e manteigas.
  • Chá de chapéu de couro com casca de maçã e canela ou chá verde ou até mesmo de maçã, é bom acrescentar nos chás a canela pois acelera o metabolismo e reduz o açúcar no sangue, ótimo para quem exagera no carnaval. Já a maçã além de antioxidante ajuda no sabor.
  • Chá verde e de hibisco, ricas em antioxidantes capazes de remover as toxinas das células, reduzindo acnes, celulites, envelhecimento precoce.
  • Castanhas ou frutas, as castanhas são fontes de ômega 3 e 6, que são importantes no sistema imunológico e servem de anti-inflamatório.
  • Melancia ajuda a desintoxicar especialmente quando triturada com as sementes, a fruta contem compostos diuréticos facilitando a saída das toxinas na urina.
  • Abacaxi apresenta a bromelina, enzima que favorece a digestão e reduz a inflamação das células.
  • Limão contém composto que estimulam a produção da bile pelo fígado, essa substância isola a gordura e facilita a absorção dos nutrientes.
  • Quinoa e linhaça têm fibras que varrem as toxinas das células e melhoram o funcionamento do intestino.
  • Saladas com folhas verdes escuras (repolho, almeirão, brócolis, agrião, rúcula, alface, mostarda, couve e espinafre) ricas em antioxidantes.
  • Carne branca ao invés de carne vermelha, o processo de metabolização da carne branca é mais leve do que a da carne vermelha.
  • Pão integral, pão sírio ao invés de pão francês.

Deve-se evitar:

  • Açúcar ou doces em geral assim como alimentos adoçados, adoçantes à base de ciclamato, sacarina, contribuem para a produção de toxinas.
  • Café o ideal é eliminar por pelo menos 2 dias.
  • Glúten e lactose é substância com ação inflamatória deve se evitar então pão, biscoito, macarrão, leite e derivados.
  • Carnes vermelhas têm digestão lenta prejudicando o processo de desintoxicação;
  • Para desintoxicar o organismo é necessário apostar em alimentos naturais e excluir os industrializados, laticínios, glúten, cereais refinados, açúcares, adoçantes, corantes, conservantes, café e álcool.


É importante frisar que essa dieta não pode ser seguida por crianças, adolescentes, gestantes ou lactantes, e deve ser seguida no máximo por 7 dias.
O cardápio precisa conter frutas, verduras, legumes se possíveis orgânicos, carnes magras, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), cereais (arroz integral, amaranto, quinoa), leguminosas (feijão, grão de bico), sementes (linhaça, semente de abóbora e girassol) e bastante líquido (água mineral, chás e água de coco) e usar temperos naturais como alho, cebola, alecrim, gengibre, curry e as ervas frescas.
É importante que o/a nutricionista prescreva essa dieta com as suas necessidades individuais.

Portanto Agende já a sua Consulta com a Nutricionista!!!




Débora Cristina F. de Ávila
Nutricionista
CRN 9209